Perdido...

quarta-feira, fevereiro 16, 2011 Fernanda Alves 0 Comments

... em meus pensamentos, aqui estou eu.
... em minhas emoções, aqui estou eu, novamente.
... em minhas formas de agir, eis-me aqui!


O mundo desmorona ao meu redor. O chão perde a sua forma e parece que um buraco se abre no chão, um buraco negro prestes a sugar tudo e não deixar rastros de que algo esteve ali. As paredes se tornam ruínas, esfareladas com a ação do tempo. Perdido no tempo, deixado ao relento, deteriorando-se com o tempo.
Como uma rocha, que permanece parada, inerte, aqui estou eu. Indiferente a tudo que ocorre, sem um movimento, sem alguma expressão, sem nada. Como uma pedra que pelo vento é lapidada, assim sou eu, lentamente consumido, pedaços são tirados aos poucos, como o cair de cada grão em uma ampulheta. Lapidado em sua própria lápide.

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Dois Lados

segunda-feira, fevereiro 14, 2011 Fernanda Alves 0 Comments

Andando mais um vez, lá está o andarilho, sozinho. Perdido em suas próprias palavras, esquecido pelos próprios atos, aqui está ele mais uma vez: sozinho.
Ele observar atentamente todos ao seu redor,  especialmente suas posturas e formas de agir. Ele observa com os mesmos olhos de um falcão que vê a sua presa a metros de distância; como um leão segundos antes de atacar e como uma cobra a dar o bote. Com sentidos de uma fera, nada passa do seu olhar!
Humanos são seres peculiares, pois neles há em sua excência, uma pouco de maldade e um pouco de bondade, além de uma das maiores dádivas (ou quem sabe maldição) que qualquer ser poderá desejar: o livre arbítrio. Estão a todo momento escolhendo, cada uma dessas escolhas vai ajudando a determinar qual lado é o mandante. A única verdade é que eles podem trocar de lado a qualquer momento, são seres bastante instáveis. São como as ondas em dias de tormenta, não se sabe para que lado se quebraram ou como as folhas das árvores, podem cair em qualquer canto. Essas caracteristicas únicas são capazes de instigar a curiosidade de qualquer ser. Decide então observar por um tempo maior
Ele vê falsas promessas, juramentos sem sentido e a hipocrisia das pessoas. Vê que o mundo selvagem não é tão distante da realidade humana, onde há apenas uma singela diferença: o mais forte devora a sua presa por puro prazer, diferentemente do mundo animal, onde isso ocorre por necessidade.Sedentos, eles atacam uns aos outros sem hesitar!

--- Pequena nota do Andarilho ---
A perdição! Que animal é esse que cava com as próprias mãos a própria destruição e a camufla com bons ideias? Um suicida em potencial, que marcha glorioso, sem saber que caminha para o fim. O vale dos condenados está próximo, é melhor se preparar pois, aqueles que por ali entrarem terão um caminho árduo pela frente, ou será que existe um retorno? Afinal são seres da contradição, podem sempre surpreender a mudar suas escolhas. Basta saber qual dos lados eles enfim escolherão!

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