Tempo

quarta-feira, maio 25, 2011 Fernanda Alves 0 Comments

Tempo infinito que custa a passar
Olho para esse maldito ponteiro
Que insiste em não girar
Que insiste em não passar
Que insiste nessa estagnação

Os segundos se transformam em horas
e as horas, em dias interminavéis
Parado no tempo, contando cada folha
A cair da árvore no alto da colina
Contando os grãos de areia
Que vagarosamente caem da ampulheta

Minhas mãos atadas
Minha mente fechada
Minha vista cega
Fechada...
Esee constante paradoxo a devorar-me
Essa tortura diária
Que a cada instante
Tira-me um pedaço de mim mesma

Tenho todo o tempo do mundo
E não tenho tempo a perder

Tempo maestral
Ele pode corroer e destruir
Pode construir e fortalecer
Pode mudar e fazer renascer
E quem sabe até curar
As feridas invisiveis que simples olhos não se podem ver



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The Glass Prision

sexta-feira, maio 20, 2011 Fernanda Alves 0 Comments

the whisper:
"Can you feel me?
Can you touch me?
 Can you see.."


Here I am locked in a strange world. I can feel my head burning and a great hole opening in my soul. I don´t know where I was, I don't know how I arive here... There is a empy space in my memory!

Here I am,
Locked in these street of deadlocks
Lost in these withou ending nightmare
A constant agony waits for me
And I just can't stoped... give more, more, more!
These never stoped, I thinking that I lose the control
Someone, please, take me away from here!

In these way thete is no signal,
no light hihg above you,
Just the darkness and the shadow of the moon
I became refain of myself
I wrote down my sentence
And with my own hands
I caved my grave

When all begins I was to blind to see the danger behind me... 
I am in a glass prision!
Nobody can't see my cries
Nobody will listen
Nobody will carry about
An if I asked for a help
The only thing you will recieve
Will be pointed fingers in your face
"Ha, ha, ha, you're a loser!"

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Além daquela porta

terça-feira, maio 17, 2011 Fernanda Alves 1 Comments

Além daquela porta
um pouco além há um segredo esquecido
Um piano empoeirado
Um mistério indecifrado
E um silêncio partido.


Um vulto, um grito
Uma bala e apenas uma já foi bastante
Um corpo caído no meio da sala
e uma mancha a se formar no chão
Um tiro rasgou-lhe
Passagem apenas de ida
Certeira, para o além


Latrocínio?
Não faltava joia sequer
Suicídio?
Não haveria motivo sequer
Apenas mais uma vítima...
Um assassinato no meio da noite
A última pessoa a sair daquela porta
Antes do trágico incidente
Havia sido uma mulher...
Uma mulher qualquer
Uma razão qualquer
Um crime qualquer
e um cadáver silencioso
deixado de lado.

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Marca (Pt. 2)

terça-feira, maio 10, 2011 Fernanda Alves 0 Comments

Não seu se é o tempo ou a vida
Ou será aquele habilidoso carpinteiro a trabalhar mentes
Ou então aquele escultor a lapitar cabeças duras
Capaz de abrir corações e quebrar os limites

O impossível é assim chamado
pois até o momento não houve um sequer
Alguém com a coragem de superar o insuperável
Alguém com a mente focada
Alguém que acredite e tenha fé
O impossível pode sim se tornar real

Olhe para essas marcas
São águas passadas
Olhe para esse rosto
Outrora coberto de lágrimas
Agora preenchido com um sorriso

Alguém que supere a noite mais longa
Alguém que supere a escuridão da vida
Alguém para desfazer e tecer os fios
...é assim que surgem sonhadores
... é assim que a vida deve ser escrita
...é assim que a vida é renascida
...é assim, e somente assim, que milagres podem acontecer!

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Marca (Pt. 1)

sábado, maio 07, 2011 Fernanda Alves 1 Comments

Trago em mim todas as marcas.
Elas estão bem aqui, estampadas em minha face.
Por mais que eu as disfarce
Elas estão aqui.


O estrago já foi feito
A grande diferença está na forma de encará-lo
Se você quer insistir em se ferir
Ou quer esperar que as feridas se fechem

Quero um dia olhar para todas as marcas do passado e dizer:
-Hoje elas apenas contam história, pois já se fecharam
Essas marcas são de feridas que não mais desatinam
Mas ainda lembro de como doíam

Sim, trago em mim todas essas marcas
E trago ainda a serenidade em meus olhos
De estender as mãos, olhar para o futuro
E recomeçar e reconstruir!

Trago comingo os mesmos olhos
Olhos de uma criança
Dotados de uma pureza celestial
E de uma formidável força de vontade

Já não sou o mesmo de ontem
Pudi ver graciosidade até nas quedas
Compaixão nos erros
Mãos acolhedoras
E um colo aconchegante

[continua...]

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A sorte está lançada!

domingo, maio 01, 2011 Fernanda Alves 0 Comments

Prólogo: Alea jacta est (a sorte está lançada)

Neste momento, posso me definir com um andarilho, pois sou apenas um ser a vagar pela imensidão desse mundo. No devido momento mais informações a meu respeito lhe serão ditas, por enquanto contente-se em saber apenas esta nova informação: não sou um ser qualquer. Não, não tenho em mim a pretensão de me vangloriar ou colocar-me em uma posição superior a ninguém, apenas quero dizer: não sou o que você provavelmente pensa que sou, ou talvez não, quem poderá dizer?
Por ora você já sabe que sou um ser solitário a vagar, poderia também acrescentar que o que lerá a seguir é apenas um caderno de folhas amareladas com algumas páginas rasgadas. Escritas durante essa “viagem” se assim pode ser chamada. Que a sorte seja lançada, que os pés estejam preparados para caminhar; que os ouvidos estejam limpos para escutar; que as línguas saibam o que falar e que os corações inflamem de amor.
Sim, sou um pobre andarilho a observar esse singelo planeta azul, um narrador omisso, que apenas pacientemente observa e registra o máximo que puder. Nessas andanças, contemplei as mais diferenciadas situações e pude observar sobre um diferente ponto de vista. Não reparem a simplicidade dessas anotações e deste pobre andarilho que não tem o dom da palavra.

~~ Você já leu alguns versos soltos, algumas cartas incompletas atriradas o chão, agora veja a origem desses versos, como isso tudo começou... ~~

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