Tempo

quarta-feira, maio 25, 2011 Fernanda Alves 0 Comments

Tempo infinito que custa a passar
Olho para esse maldito ponteiro
Que insiste em não girar
Que insiste em não passar
Que insiste nessa estagnação

Os segundos se transformam em horas
e as horas, em dias interminavéis
Parado no tempo, contando cada folha
A cair da árvore no alto da colina
Contando os grãos de areia
Que vagarosamente caem da ampulheta

Minhas mãos atadas
Minha mente fechada
Minha vista cega
Fechada...
Esee constante paradoxo a devorar-me
Essa tortura diária
Que a cada instante
Tira-me um pedaço de mim mesma

Tenho todo o tempo do mundo
E não tenho tempo a perder

Tempo maestral
Ele pode corroer e destruir
Pode construir e fortalecer
Pode mudar e fazer renascer
E quem sabe até curar
As feridas invisiveis que simples olhos não se podem ver



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