Ainda venta

sábado, janeiro 23, 2010 Fernanda Alves 1 Comments

Ainda venta


Ainda venta, uma forte corrente de ar que esta a susurrar, a susurrar algo que não consigo entender, uma mensagem em código indecifrável. Esse mesmo vento que sopra sem para parece querer algo me mostrar. Sinto que ele aponta um caminho por onde devo caminhar. Mas que caminho ardiloso é esse? Parece que foram esculpidos pelos ventos temporais, onde grão por grão o vento dava-lhe a forma que desejava, por ações de séculos e séculos. Será que hoje não sou que nem esses rochedos e chapadas, que precisam ser esculpidos para ganhar nova forma. Será que eu preciso hoje ser retrabalhada, refeita pelos ventos do amanhã?
Vento que não para de soprar, sobre meu telhado, sobre minha face ele está a cantar, cantar que a última chuva de outono já vem, que as últimas folhas estão prestes a cair e que a toda vida vai se recolher para dentro, dentro da noite mais fria do inverno.

Um comentário:

  1. Conhece-te a ti mesmo, renove-se a cada dia... de que outra forma poderíamos nós sermos melhores do que fomos outrora?
    Os ventos da renovação nos inspiram boas idéias, mas cabe a nós aceitá-las ou não.

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