Tempo
Tempo infinito que custa a passarOlho para esse maldito ponteiro
Que insiste em não girar
Que insiste em não passar
Que insiste nessa estagnação
Os segundos se transformam em horas
e as horas, em dias interminavéis
Parado no tempo, contando cada folha
A cair da árvore no alto da colina
Contando os grãos de areia
Que vagarosamente caem da ampulheta
Minhas mãos atadas
Minha mente fechada
Minha vista cega
Fechada...
Esee constante paradoxo a devorar-me
Essa tortura diária
Que a cada instante
Tira-me um pedaço de mim mesma
Tenho todo o tempo do mundo
E não tenho tempo a perder
Tempo maestral
Ele pode corroer e destruir
Pode construir e fortalecer
Pode mudar e fazer renascer
E quem sabe até curar
As feridas invisiveis que simples olhos não se podem ver
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